quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Da Rua para a Escola"

O programa "Da Rua para a Escola" , criado no estado do Paraná tem como sua principal característica, assegurar o desenvolvimento de crianças e adolescentes e promover o bem-estar social da família.

O programa prevê a entrega de uma cesta básica de alimentos por mês à família que mantiver as crianças estudando. Desde que começou, no município de Ponta Grossa no Paraná, em 1995, o "Da Rua para a Escola" distribuiu 1,3 milhão de cestas. São beneficiadas todos os meses 23.530 famílias.

A proposta de encaminhar ou manter crianças e adolescentes, de 7 a 18 anos, na sala de aula, é o princípio de um atendimento que melhora as condições de vida da comunidade. Ao ser cadastrada no programa, a família recebe orientação, atendimento e acompanhamento nas diversas áreas de assistência social, além da educacional.

Todos os familiares são assistidos no campo da saúde física e mental, com acompanhamento médico e psicológico, e orientados para que haja harmonia na estrutura doméstica. "Este programa é fundamental para a comunidade, já que assiste a família nos aspectos necessários para criar paz e integridade no lar e dar condições ao bom desenvolvimento do cidadão".

Por causa de deficiência encontradas no lar, muitas crianças e adolecentes têm dificuldades para acompanhar a didática regular de ensino.


O programa funciona como uma ponte para solucionar outros problemas da população.
Desde 1995, o governo do Paraná investiu cerca de R$ 30 milhões no programa para garantir o acesso e a permanência das crianças na escola e reestruturar as famílias. O "Da Rua para a Escola" foi premiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, em 1996, e apresentado como exemplo nacional na área em uma Conferência Mundial de Voluntariado na Holanda, no ano passado.

O programa atua em três campos fundamentais, além do educacional: resgate da cidadania, assistência social e geração de renda. O combate à violência passa pelo apoio do Estado às famílias e pela atenção às crianças. A prevenção à criminalidade começa dentro da casa das pessoas e no Paraná se faz isso oferecendo creches e tirando as crianças das ruas.

Do total de famílias integradas ao "Da Rua para a Escola", 37% ingressaram no programa com a retirada de crianças da rua; 30% iniciaram com menores que deixaram o trabalho infantil e 25% das famílias estavam em situação de extrema carência. O restante é formado por causas diversas. Hoje temos vários projetos em nosso estado como o cimento social o PAC que poderiam ter esse projeto agregado em sua composição, pois combater a criminalidade e se fazer presente no ceio familiar através de projetos como esse !

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O papel da família na reestruturação das políticas sociais.


A crise do Estado de Bem-Estar Social tem contribuído para a redescoberta da família, das redes primárias e da comunidade como atores fundamentais na efetivação das políticas sociais. A família é cada vez mais objeto de atenção das instituições governamentais e dos cientistas sociais pela grande quantidade de atividades de proteção, ajuda e cuidado que ela desenvolve. Atualmente, há várias propostas de políticas sociais baseadas na concepção de "cuidado comunitário", que objetivam co-responsabilizar a comunidade em relação aos problemas sociais e de saúde. Uma das estratégias é o Programa de Saúde da Família, que visa oferecer serviços de atenção básica às famílias e às comunidades. Observa-se, porém, uma profunda transformação na organização da família, na sua composição e estrutura e sua função. O desenvolvimento de uma política mais efetiva nessa área deve promover um processo de educação continuada dos profissionais, aprofundando sua formação quanto à abordagem familiar e comunitária. Os planejadores de políticas sociais dispõem de várias possibilidades para introduzir novas e criativas iniciativas em nível de comunidade, que oferecem a oportunidade de valorizar o papel do cuidado informal, em particular o cuidado subministrado pelo parentesco, e para integrá-lo às atividades realizadas pelos serviços institucionais.
Palavras-chave: Família, Saúde da família, Cuidado informal, Cuidado comunitário, Políticas sociais